6 de set. de 2009

Os Normais 2 – A noite Mais Alucinante de Todas



Um “mini flashback” das sextas–feiras de seis anos atrás


Depois de certo tempo de relacionamento, a intimidade dos casais tende a sofrer crises. É comum ouvirmos: “no início não era desse jeito”, “no começo do namoro era tudo diferente” e, outras tantas declarações parecidas. O sexo é o mais afetado pela rotina, em alguns casos ele quase desaparece do cotidiano dos namorados, casados ou noivos. Quando isto acontece, o primeiro pensamento é inovar, apostar em novidades. E como não poderia ser diferente Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres), passam por tudo isto depois de 13 anos de noivado, em “Os Normais 2 – A Noite mais Alucinante de Todas”. Eles tentam apimentar a relação com um ‘ménage à trois’ e a trama do filme se desenrola através da busca do terceiro elemento para a polêmica prática sexual a três.


É ótimo e empolgante reencontrarmos os dois depois de tanto tempo, ainda mais nas telonas. É isto que pode gerar bilheteria para esse segundo filme do casal. Mas o novo trabalho, dirigido por José Alvarenga Jr., também responsável por Divã, não tem cara de cinema. A impressão que fica é que voltamos seis anos no tempo e estamos em uma sexta-feira à noite assistindo a mais um episódio do seriado - o que é reforçado por todas as caras globais presentes no elenco. Realmente dá para pensar que se trata de algo desenvolvido para tv.


Em Os Normais – O filme (de 2003) é esclarecido como Rui e Vani se conheceram e agora temos a oportunidade de ver o resultado desta relação. O que leva o público a refletir sobre como andam seus relacionamentos e suas vidas sexuais. Muita gente pode até se questionar se a vida com o parceiro está realmente valendo a pena. As temáticas tratadas pela dupla sempre tiveram esse poder, trazendo reflexões sobre o cotidiano embutidas em circunstâncias hilariantes. As pessoas se identificam com o casal e é esse o ponto alto do filme.


Mas, Além do sexo ter ficado sem graça, as piadas também perderam parte do seu brilhantismo. Se compararmos com as que eram exibidas na tv e, também, com as do primeiro longa, Os Normais 2 ganha ares patéticos. Existem situações engraçadinhas, mas que não chegam a gerar grandes risadas. O que conhecemos de “Os Normais”, nos leva a pensar que estamos realmente diante de um desgaste. O filme é fraco diante do que era desenvolvido em outros tempos. Contudo, serve para vivermos um “mini flashback” e matarmos as saudades.


2 comentários:

  1. Como todo relacionamento com o tempo sofre um desgaste, com filmes, séries e personagens acontece o mesmo.Tudo vai enjoando. Enfim, a vida é cruel rs

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  2. Este é o problema do "novo" cinema brasileiro, principalmente os produzidos pela Globo Filmes.
    Além de apresentar as manjadas caras dos "globais", a trama, o roteiro, a direção, a direção de arte, enfim, a "cara" do filme não difere em nada do que a gente está acostumado a ver na telinha. Realmente eu sinto falta daquele cinema brasileiro à moda antiga, mal feito às vezes, mas muito mais autêntico!

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